15.12.06

MATINAS COMBATE PROBLEMA CERTEZA

A água e a vodka e o gin. A manhã e a tarde e a noite. O azeite à tona d’água parece vento com cuecas. Cuecas! (Sim, sim, entendo). Quem passa e procura a primeira página procura não entender a primeira página, circunstancialmente. Mas é impossível: o assassino mais horrível da semana vai gravar um disco. Experimentemos falar com o assassino. Afinal, os jornais sujam os dedos.


O que me apetecia mesmo era um croissant mesmo francês, mesmo com manteiga, mesmo quente. E se não fosse um croissant era mesmo uma torrada, medianamente torrada, mas a pingar manteiga, e estudantes, seis, na mesa do fundo, a falar da escola, tão engraçados, tão atinados, tão surpreendentes, dois inteligentes.

Este momento em que fumo é solene. Já tentei o cachimbo, mas não tinha tempo. Já tentei os charutos, mas de manhã é complicado. Um cigarrinho e obrigado. O WC espera-me. O papel higiénico espera-me. Sou sem culpa. Depois, mais aliviado, a roupa que me fica melhor é a castanha. Logo hoje, azar, que me sinto azul. Faltam-me é umas luvas. Verdes. Sim, eu sei, estou a brincar. Brincar é o melhor que há. Afinal, o rapaz não sabe quem é. (É um problema).


Estou ensonado. Estou com tusa. Tusa do mijo, dizem. A chuva que vai cair não me pertence, juro. Ao longe nota-se a Arábia, mas ninguém paga a conta. O meu copo está vazio, o que me satisfaz. Dá-me um cigarro, se fazes favor. Sabes bem que eu não fumo.

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