17.12.06

CASUAL BALÃO ÁGUA BONECO

Álcool, tintura, eis a minha ferida descoberta numa sanita. Afinal o que eu sou é um vulcão, uma explosão a quem ninguém explora a expressão sexual, o natural, a existência de ocasião conforme a terra se manifesta no seu acaso, no seu ocaso de estrela frustrada, eis a minha ferida: vida.


Um litro de saliva num balão, e o meu nome misterioso nunca to disse. Posso é falar-te de Clarisse, a rapariga que entendia as formigas, e até mesmo de uma pequena gota de esperma afogado em stress, como dizem os jornais, que a fertilidade é outra espécie de tinta, como a dos chocos com salsa e pimenta.

Gosto. Gosto disto. Gosto deste vazio, deste cheio em que nos tocamos de ocasião, agora um gesto, agora uma mão, e ninguém entende nada, porque para eles tudo isto tem pelo meio trabalho e bares e copos altos com bebidas azuis. Claro que tem. Claro que tem aviões, também. Claro que não.


Contenção suave do orgasmo possível, amostragem do invisível, passeio no zoo, olá, um breve odor a folhas secas, e a maravilha de não saber explicar. Toda a blusa tem seios por baixo. Chove ou não chove, é simples. Agora estou de lado. Tu avanças um pé. Nada disto tem mistério senão no instante em que acontece, e nada mais.

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